Histórico

O Projeto para o Parque Linear para o Riacho Água Podre nasceu em 2005 por conta do recurso de um TCA (Termo do Comprometimento Ambiental) que entrou na Subprefeitura Butantã (Sub BT) e dos diálogos desta com o DGD-CO1/SVMA para aplicar este recurso em alguma benfeitoria na região. 

Foto aérea destacando a Bacia Hidrográfica do Riacho Água Podre
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Foi identificada uma área verde no entorno do riacho (trecho Esmeralda) que seria um local bem interessante para efetivar melhorias como instalação de equipamentos de lazer e de contemplação, intervenção paisagística e contenção das margens. Quando este projeto veio a ser apresentado à comunidade (13/12/2006), muitas questões foram levantadas, como por exemplo, a retirada do esgoto que é despejada no leito, o porquê da extensão não tomar toda a extensão do riacho, entre outras. Destas inquietações e da abertura para discussões com a comunidade nasceu a Comissão de Moradores, que desde então vem acompanhando e contribuindo para o aprimoramento deste projeto, além de buscar formas para o fortalecimento local. 

A retirada do esgoto necessitava da entrada de Sabesp no projeto. Assim que houve adesão desta empresa, percebeu-se que suas obras necessitariam da remoção de algumas casas que estavam na área de proteção permanente (APP). Com isto havia a necessidade de ter junto ao projeto a Secretaria de Habitação (SEHAB). No primeiro diálogo a proposta foi a de indenização destas famílias ou a sua realocação em conjuntos habitacionais em outras regiões da cidade. A discussão resultou num projeto habitacional que transferirá toda a comunidade Maria Lúcia para conjuntos habitacionais na própria bacia hidrográfica, promovendo assim a melhoria das condições habitacionais, a manutenção desta população no bairro, além de permitir as condições tanto para as obras da Secretaria de Infraestrutura (Siurb), como as de Sabesp. 

No meio da discussão sobre projetos, equipes e maneiras de se trabalhar em conjunto, surgiu uma questão essencial, onde estão as nascentes deste riacho? De nada adiantaria ter um córrego limpo, habitações dignas e equipamentos de lazer, se as nascentes não estivessem protegidas e vivas. A Comissão de Moradores fez um dossiê com mapas, imagens e dados e, junto à Sub BT e SVMA, conseguiu um Decreto de Utilidade Pública (DUP) para iniciar a desapropriação de um terreno de quase 50.000 m², onde se encontram as nascentes do riacho, podendo este vir a ser mais uma área verde protegida, de visitação e usos da comunidade. 

Os diálogos entre os órgãos ligados ao projeto do parque linear e a comunidade continuam. Há um projeto em fase de execução (Siurb) e outros estão em fase final de planejamento e/ou licenciamento (Sehab, SVMA, Sabesp).