O projeto do Parque Linear no riacho Água Podre tem sido considerado único pela combinação de órgãos públicos e suas competências, pela sua extensão, pelas inovações propostas e pela participação da sociedade civil.
Uma das questões que ainda está em fase de estudo e negociação é a Área de Ofícios para os comerciantes da comunidade Maria Lúcia. Com a ampliação do Projeto do Parque e a entrada das obras de Siurb e Sabesp, parte da comunidade teve que ser removida para dar espaço a tais intervenções. Em virtude destas eventuais saídas toda a comunidade passou a ser objeto de um programa habitacional, o que tornará todo o espaço da comunidade em área de convívio e contemplação no projeto do Parque.
Esta mudança do uso no solo tem causado alegria a alguns e insegurança em outros. Nesta comunidade haviam 116 habitações, das quais 7 também tinham ou tem atividades comerciais. Tais comércios são o ganha pão destas famílias, que com a saída para os conjuntos habitacionais convivem com a incerteza da continuidade de suas atividades.
Tentando buscar uma solução para a questão a Comissão de Moradores fez uma proposta de uma Área de Ofício e tal equipamento juntaria todos comércios. Esta proposta teve adesão dos técnicos da Subprefeitura Butantã (SP-BT), que em conjunto com os moradores montaram um projeto para tentar viabilizar tal estrutura. Esta estrutura seria administrada pela própria SP-BT e também contemplaria diversas atividades culturais, educativas, esportivas e comunitárias dos programas públicos, passando a ser chamada de Centro Integrado.
Fachada do projeto do Centro Integrado vista da rua Francisco da Matta |
Visto dos fundos do Centro Integrado com arquibancada para o campo |
Esta estrutura foi sugerida de ocupar a ponta de um terreno público onde hoje se localiza o campinho de futebol conhecido como Esmaga Sapo. Tal equipamento também se integraria ao campo, com arquibancada, alambrado e vestiário.
No centro a localização do Campinho do Esmaga Sapo, local sugerido para o Centro Integrado |
Apesar de tanto interesse da comunidade tal estrutura esbarra em desafios para sua implantação, como a composição de recursos vindos de mais de uma secretaria, questões técnicas ligadas a execução de um projeto executivo e pouco diálogo entre os órgãos competentes. Em reunião recente com SEHAB, tivemos a certeza de que tais comerciantes terão a continuidade de seus negócios, mas o como ainda é uma incógnita!
Cremos que tal solução traz novas possibilidades de políticas públicas integradas. Um projeto tão inovador quanto o do Parque Linear do Riacho Água Podre merece alternativas criativas! Desejamos que este diálogo evolua e traga alguma certeza à região!
Para conhecer mais deste projeto conheça a apostila que a SP-BT fez na busca de diálogo entre os demais órgãos que fazem parte do Colegiado deste Parque Linear.
Manifeste-se e apoie esta iniciativa!
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