segunda-feira, 4 de abril de 2011

Relato Atividade com Moradores e Técnicos - CEU BT - 23/03/11


Na atividade realizada em 23/03, no CEU Butantã estiveram presentes cerca de 150 pessoas da comunidade, além dos técnicos da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), Secretaria de Habitação (SEHAB), Subprefeitura Butantã (SP-BT) e Sabesp. Apenas não estiveram presentes os técnicos da Secretaria de Infraestrutura e Obras (Siurb), responsável pelas obras de contenção das margens do riacho Água Podre.
A intenção deste encontro era promover uma reunião ampliada entre a comunidade e os técnicos dos diversos órgãos públicos envolvidos com as atividades da execução do Parque Linear. Neste sentido, foi apresentado um breve histórico do Parque, que teve início em 2006,
prevendo a requalificação do fundo do vale e trazendo melhorias para a região como um todo. Dentre as várias conquistas deste processo foi destacada a organização da comunidade formando a Comissão de Moradores, a ampliação da extensão da área do Parque, o processo de desapropriação da área das nascentes do riacho, o processo de reassentamento da comunidade Maria Lúcia na própria região e a ação integrada entre diferentes órgãos municipais e estaduais.

Como está o Parque?
A Sabesp apresentou as ações previstas dentro do programa Córrego Limpo, e apontou o mês de maio com sendo o limite para a entrada de suas obras de coleta de esgoto na região do córrego Água Podre (bacia hidrográfica). Atualmente a poluição da água do riacho (medida em DBO *) está 150mg/l e a meta após as obras da Sabesp é chegar em 30mg/l, fazendo do córrego um lugar sem cheiro, com águas cristalinas e a possibilidade de haver vida na água. Como desafio da manutenção desta entrada está o licenciamento das obras e a desapropriação de uns imóveis.
Alguns dados interessantes sobre a região! Vivem na região da bacia deste córrego cerca de 17.000 pessoas, ele tem como extensão 1,16Km, são produzidos nesta região cerca de 31 litros de esgoto por segundo!
Comunidade esteve atenta e manifestou suas questões
A Sehab apresentou o processo que está sendo realizado na região da comunidade Maria Lúcia, mostrando desde a remoção para aluguel social de algumas famílias, até a desapropriação de terrenos na própria região e como está o processo da construção dos conjuntos habitacionais. Foram mostradas imagens do projeto localizando onde serão os prédios e de como deve ser a planta dos apartamentos.
Momento da apresentação
Uma das questões que envolve a remoção de uma comunidade é a de pensar na manutenção daqueles que moram e tem suas atividades econômicas ali, por exemplo, pequenos comércios, prestação de servições etc. Pensando assim a SB-BT apresentou o Centro Integrado do “Esmaga Sapo”, que busca não somente criar espaço para os comércios existentes na comunidade, como criar espaços multi-uso, vestiários e melhorias no campo, permitindo a presença de projetos como Criança em Ação. Esta estrutura foi projetada para a beirada do campinho do Esmaga Sapo.

Buscando passar para a comunidade como se dá o processo de transformação e melhorias em projetos de parques lineares, a SVMA apresentou outros projetos que ocorreram na cidade. Como o projeto do Parque Água Podre está em finalização, foram mostradas imagens ilustrando as possibilidades para a região, como mesas para jogos, bancos, áreas de convívio, paisagismos, travessias para o riacho, equipamentos de lazer e ciclofaixa.

Encerrando as falas a Comissão de Moradores mencionou o valor da presença da comunidade no acompanhamento das atividades do Parque e que este processo significa uma conquista. Tentando recompor a história do bairro, foi solicitado que as pessoas que vivem há mais tempo na região se manifestassem a fim de contribuir com depoimentos e imagens. Para fortalecer a mobilização comunitária foi anunciada a importância da comunicação boca-a-boca sobre o projeto e a adesão ao grupo de moradores da região.

Os ganhos para a região dependem de como sentimos o nosso morar. Moramos em um local bem maior que a nossa casa! Moramos numa rua, num bairro, numa cidade..... e viver bem depende de como atuamos por estas realidade!

(*) DBO, significa Demanda Bioquímica de Oxigênio. Esta medida significa a quantidade de oxigênio necessária para que as bactérias trabalhem e consumam a matéria orgânica presente na água. Quer dizer que quanto maior for este valor, maior a poluição e maior a necessidade de oxigênio para purificar a água. O contrário também é verdade.

4 comentários:

  1. Oi César!

    Obrigada pelo relato! Meu vizinho mora ali desde da década de 60.Quem sabe ele não tem fotos? Vou perguntar.
    Não tem como conseguir as imagens mostradas pela Sehab e disponibilizá-las no blog?

    Abs

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  2. Olá Patrícia e demais amig@s!
    Sem dúvida este resgate histórico enriquecerá o nosso conhecimento e pertencimento pela região! Se seu vizinho topar, estamos pensando em fazer umas entrevistas. Uma descrição do passado também é um belo registro!
    Abraço,
    Cesar

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  3. O correto era literalmente canalizar e cobrir com
    terra e colocar grama por cima e criar quadras de
    esporte, corrego a ceu aberto sempre vai ser corrego contendo ratos e mau cheiro, esses politicos.

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  4. Olá Fábio!
    Nosso desafio é justamente promover um convívio harmônico entre os moradores da região e o riacho. Pense em todas as possibilidades de ter um corpo d'água limpo perto de casa.... Claro que isto depende de educação e parceria, mas é um sonho possível! Apenas esconder aquilo que não está bonito é fácil e não resgata possibilidades naturais! Sejamos a mudança que queremos nas nossas comunidades! Gratos pela opinião, Comissão de Moradores

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